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Os homens e as mulheres de cor negra foram trazidos da África pelos colonizadores para ser explorados no trabalho escravo no Brasil. Durante esse processo de escravização, eles sofreram maus tratos e diversos tipos de violências e preconceitos. Na época, muitas pessoas eram contra o sistema escravista, entre elas, escritores, políticos, poetas, que mais tarde criaram a Campanha Abolicionista e conseqüentemente, suas respectivas leis libertárias. Mas, só a partir, da Lei Áurea, no dia 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel assinou a referida lei, os homens e as mulheres negras escravas tiveram de fato a sua LIBERDADE reconhecida pelas as autoridades do país, porém, abandonados a própria sorte. Então, um RACISMO dissimulado e único persiste até hoje na sociedade brasileira, o preconceito e as injustiças contra os homens negros e as mulheres negras não estão apenas na história, mas no cotidiano desses povos esquecidos e humilhados. Em função desse passado fundamentado na exploração, na violência e no desrespeito ao cidadão que muito contribuiu de forma coletiva e participativa no processo de construção desse país continua a pagar um preço alto pelo simples fato de sua cor. Durante o processo sócio histórico-político e cultural desse país é notório perceber os elementos do etnocentrismo europeus ainda enraizados na mente e nas práticas do cotidiano desta sociedade capitalista, financiada pela elite européia.
O grande desafio hoje da sociedade é investir na superação da discriminação e do preconceito, da exclusão social e do etnocentrismo. Contudo, é fundamental conhecer e valorizar a riqueza da cultura negra que constitui o patrimônio cultural brasileiro, valorizando a trajetória peculiar desse grupo étnico. Nesse sentido, devemos utilizar mos sempre o DIÁLAGO como ferramenta para aprender a conviver, vivenciando a própria cultura e respeitando as formas de expressão cultural. Parafraseando o cantor e compositor Geraldo Vandré “Somos todos iguais braços dados ou não / Os amores na mente, as flores no chão/ A certeza na frente, a história na mão.